Não é todo
dia que as equipes de handebol masculina de Juquiá e Cabreúva se enfrentam. E
muito menos tendo no apito o principal árbitro da modalidade do País e um dos
grandes nomes do mundo. O jogo de semana passada válido pelas semifinais dos 59° Jogos
Regionais, foi uma dessas raras oportunidades.
Na quadra do ginásio
anexo ao Bolão, a atração era o homem do apito, Rogério Aparecido Pinto, de 45
anos. O raio X da carreira de Rogério, nascido em Americana e morador de Santa
Bárbara d’Oeste, é a prova de seu sucesso no esporte.
Só de mundiais adultos de
handebol são cinco: Alemanha (2007), Croácia (2009), Suécia (2011), Espanha
(2013) e Catar este ano. Esteve também nas Olimpíadas de 2008 em Pequim, na
China, convocação considerada uma espécie de cereja do bolo de sua trajetória.
Além disso, seu currículo
é mais recheado do que se pode imaginar. Tem de tudo. Mundial feminino, Mundial
Interclubes, Pan-Americanos e por aí vai. “Mas tudo começou nos Jogos
Regionais. Não posso negar que trabalhar em torneios como este, em Jundiaí, é
uma honra. Vou para a quadra como se fosse uma final olímpica. Foi assim hoje
pela manhã”, diz.
A presença de
Rogério nas quadras de Jundiaí foi como acertar na loteria para dos atletas de
Juquiá e Cabreúva, com vitória dos cabreuvanos por 21 a 14, e de outras equipes
que se depararam com a experiência do trabalho de um dos árbitros mais
capacitados do planeta.
“Sempre gostei da modalidade e comecei cedo, com 19 anos. Hoje tenho 26 anos de experiência e por isso consigo dominar qualquer situação, independentemente do nível do jogo. Gosto muito de competições como os Regionais. Se é porta de entrada para quem quer ser atletas, é também para os árbitros”, comenta.
“Sempre gostei da modalidade e comecei cedo, com 19 anos. Hoje tenho 26 anos de experiência e por isso consigo dominar qualquer situação, independentemente do nível do jogo. Gosto muito de competições como os Regionais. Se é porta de entrada para quem quer ser atletas, é também para os árbitros”, comenta.
Rogério trabalha em
dupla com Nilson Menezes nas principais competições e o próximo desafio é o
Pan-Americano em Toronto, no Canadá. O embarque será nesta segunda-feira (13).
Depois, o árbitro segue para Suíça, onde irá apitar jogos da Liga do país
europeu em outubro.
Mas sua grande meta é a Olimpíada do
Rio no ano que vem. “Tenho esperança de fazer parte da dupla brasileira
que trabalhará nos Jogos Olímpicos. Seria um sonho”, comenta. Rogério Pinto
destaca o bom momento do handebol brasileiro, esporte em que a mulheres são
campeãs mundiais e os homens no Pan do Canadá. “O Brasil já é referência
mundial. O que precisa é mais divulgação, principalmente pela midia aberta. Na
Europa, por exemplo, em países como França, Croácia, Dinamarca, Polônia,
Noruega, jogadores de handebol são os mais solicitados para propagandas na televisão.
São ídolos, como no futebol aqui. Um dia quem sabe aconteça isso aqui”, observa
o árbitro da filiado à Liga Internacional de Handebol e presidente da Liga de
Handebol do Estado de São Paulo.
Assessoria
de Imprensa da Prefeitura de Jundiaí